sábado, 10 de março de 2012

Bakuman - Sonhos de tinta




Moritaka Mashiro é um garoto de 14 anos que não sabe o que quer da vida, na verdade ele vive um grande martírio, ele não tem objetivo. Ele só se preocupa em não entrar em atrito com sua família e a sociedade, por isso, faz as coisas na média e vive sério.

A história tem início 9 anos atrás com Taro Kawaguchi, tio de Mashiro, elogiando as premiações que seu sobrinho recebeu com seus desenhos. Mashiro parece muito feliz em ver o tio. Ele comenta sobre as palavras do tio, que sempre falou que ele deveria ser um artista ou designer, que nunca o chamou de quadrinhista nem mangaká. Logo em seguida ela já está chegando à escola, o dia passa dolorosamente para Mashiro, que além de não se esforçar nos estudos ainda é apaixonado por uma menina com quem nunca trocou uma palavra, Azuki Miho. O começo é melancólico, ele fica falando de como a sociedade encara as pessoas e como o amor dói, otakus cheios de amor platônico irão amar.

Mashiro está desenhando Miho em um caderno quando é chamado pelos amigos e esquece o caderno. Chegando em casa decide voltar para busca-lo e encontra Takagi Akito esperando-o com seu caderno, eles têm uma longa conversa sobre a Azuki gostar ou não do Mashiro, que todos chamam de Saiko (máximo em japonês).  Mashiro está crente que Takagi irá falar que gosta da Miho e que ele quer que ele desista dela, porém, ele o convida para ser mangaká, ele quer escrever e precisa que o Saiko desenhe.
Só para vocês entenderem a situação, a sociedade japonesa é extremamente acadêmica, a grande maioria vive sobre o sistema Toyota de vida, os mais novos estudam e muito para entrar em grandes empresas e viver sobre a ditadura dos mais velhos. Sob esse olhar Takagi era o Sr. Perfeição, educado, inteligente e esforçado, na verdade, era o melhor aluno da escola. Por isso a ideia de se tornar mangaká deveria ser inconcebível. Mashiro se nega veementemente apresentando uma seção nerd de estatísticas. Mashiro acaba contando sobre seu tio e nesse momento você fica sabendo que seu tio faleceu. Após muita nerdice desvairada Saiko promete pensar. Chegando em casa sua Saiko toma uma bronca por chegar atrasado, ele sobe para o quarto e pensa no assunto. Sua mãe sobe e o pega jogando PSP, toma mais uma bronca (essa eu já tomei várias), então ele tem um chilique “todo mundo quer controlar minha vida” e acaba socando seu PSP.

Pouco depois ele recebe uma ligação do Takagi, ele dizia que ia se declarar para Miho e precisava que o Saiko fosse junto. Algumas cenas engraçadas, Saiko acaba concordando. Chegando a casa da Miho mais cenas engraçadas até convencê-la a sair. Logo Saiko descobre o que Takagi queria declarar. Takagi descobriu que o sonho da Miho, ela queria ser dubladora. Takagi declara que quer ser um mangaká (ah seu safado) e empurra o Saiko para falar, este diz que vai desenhar para o Takagi e que quer ter um anime, Saiko a convida para dublar a heroína do mangá deles, com os olhos brilhando ela aceita, Saiko tomado pelo momento a pede em casamento (Oo), ela sai correndo para casa. Após um surto dele e do Takagi uma voz sai do interfone, dizendo que aceitava... (loucura) com uma condição, eles não se veriam até o sonho dela dublar um anime deles e após isso eles se casariam assim, sem mais nem menos.

A partir desse momento têm início a batalha dos dois para publicar na Shonen Jump, a editora de mangás do Japão e do mundo. Alguns problemas surgem, primeiro Saiko teria que convencer sua família a deixá-lo correr atrás do sonho.
Em casa ele fala com a mãe, que discorda e diz que vai falar com o pai, essa parte é perfeita, mas somente lendo você entenderá, leia, não vou estragar. O pai de Saiko surpreendentemente aceita, mas diz que ele terá que conversar com seu avô. O avô continua com a cara fechada após receber a noticia, levanta e pega algo na gaveta, e entrega ao Saiko uma chave, a chave do estúdio de seu tio. O avô o informa que o estúdio foi mantido exatamente como estava desde a morte de seu tio. O avô confessa que estava preocupado com o Saiko, e este pede para ir ao mesmo momento (+ ou -22 horas) para o estúdio, seu avô contraria a vontade da mãe e o deixa ir. No caminho Saiko liga para o Takagi e conta as novidades, convidando o para ir ao estúdio. Lá eles descobrem coisas importantes para a trama, mas que vou contar aqui. Saiko mostra alguns Names (story-board) para o Takagi e  explica o que é, os dois decidem começar a trabalhar em uma história.

Eles acabam vendo em uma loja uma Shonen Jump com um tal de Eiji Niizuma na capa, o gênio colegial, depois falou mais sobre esse cara. Eles planejam a história, combinam que o Saiko não opina sobre a história e o Takagi não opina sobre o desenho, apesar de mostrar um ao outro acabam fazendo comentários. A história do primeiro encadernado (versão que é lançada no Brasil, no caso de Bakuman pela JBC) termina com uma comovente cena do Takagi agradecendo ao Saiko por acompanhá-lo nessa jornada, e depois com os dois em frente a Shueisha o prédio onde fica a edição da Shonen Jump.

No mais o que posso falar é que aparecem muitos oponentes, Eiji Niizuma (meu personagem favorito), Shinta Fukuda e muitos outros. A história mostra muito dos bastidores do apaixonante mundo dos mangás, e critica alguns pontos que eu também não gosto, porém mostra a paixão dos magakás e o esforço que fazem para ter uma série. Para aqueles que gostam de vários mangás e até mesmo já pensaram em ser um, vão adorar.
Quanto ao Eiji, além de um gênio das histórias, ele é extremamente apaixonado, o cara respira mangá, e parece ter a cabeça sempre a mil, pensando em enredos e histórias. O cara é cativante e eu o adoro porque ele pensa como eu em muitos aspectos com relação aos mangás e principalmente, é claramente apaixonado 
 por isso.

Bakuman é um mangá em publicação ainda pela Shonen Jump e pode ser encontrado no Brasil em qualquer banca de jornal. Para quem não sabe, ele é dos mesmos criadores de Death Note. Tem um estilo mainstream ao mesmo tempo que não tem batalhas, sendo sincero, não estranharia em ver esse enredo em seriados como “friends” ou “How I met your mother” mas por algum motivo inesplicavél ele fez um sucesso enorme.

Espero que gostem da dica, qualquer dúvida, correção ou qualquer coisa, comente aqui em baixo.

Evandro Parreira 10/03/2012





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